REI DE PAUS (título provisório)

Pare um instante e
Pense
nos bilhões de problemas
que estão surgindo, agora,
em todo o mundo,
como fetos abrindo-se 

em uma floresta úmida.
A velocidade com que agregam-se para formar comunidades,
entrelaçados e emaranhados
como pensamentos advindos
de mentes pervertidas.
Insolúveis, materializados;
dissolvidos e dissolvendo-se
para formar outros,
crias de sua própria espécie.
Alguns lhes admiram a beleza,
intrínseca à sua própria natureza;
outros, perdem-se em seu emaranhado.
E ainda há aqueles, 

amantes da vida,
que os consideram naturais como facilmente manipulados.
Eu os possuo, a todos.
E o único beneplácito, 

em tudo isso,
nesse meu reino misterioso,
ensombreado,
cheio de vozes e ruídos,
é  a certeza de que os possuo,
a todos,
e, possuindo-os,
impeço que eles me tornem seu escravo.