domingo, 12 de março de 2023

DE PÉ SOBRE A TERRA ESCURA

 

TERCEIRA TABULETA 
EPISÓDIO V


                                          Vem agora o relato de como se fundou Eridú na Terra, de como começou a conta dos sete dias.




À beira dos pântanos, havia uma imagem para se contemplar: reluzindo sob os raios do Sol, havia uma nave de Nibiru; era a aeronave celestial de Alalu! Os heróis aceleraram seus passos, apressaram-se na direção da nave de Alalu. Impaciente, Ea vestiu seu traje espacial; em seu peito, o coração batia como um tambor. Para dentro do pântano ele saltou, indo em direção à margem com passos apressados. Altas eram as águas do pântano e o fundo era mais fundo do que esperava. Deixou de caminhar para nadar, avançando com braçadas ousadas. Enquanto se aproximava da terra seca, podia ver os verdes prados. Então, seus pés tocaram o chão firme; ele ficou de pé e seguiu caminhando. 

À frente, ele podia ver Alalu, de pé, acenando vigorosamente as mãos. Saindo das águas, Ea pisou em terra firme: estava de pé sobre a Terra de cor escura! Alalu veio correndo até ele, abraçando com força seu filho por matrimônio. Bem-vindo a um planeta diferente! - disse-lhe Alalu. 

Alalu abraçou a Ea em silêncio, com os olhos cheios de lágrimas de alegria. Diante dele, Ea inclinou a cabeça, em sinal de respeito ante seu pai por casamento. Nos pântanos, os heróis continuavam a avançar, outros mais vestiram os trajes espaciais, outros mais para a terra seca se apressavam. Mantenham a flutuação da nave! - ordenou Anzu. Ancorem-na nas águas, evitem a lama da borda! Em terra pisaram os heróis, inclinando-se diante de Alalu. 

Anzu veio à terra, sendo o último a sair da nave. Inclinou-se diante de Alalu que o estreitou entre os braços  em sinal de boas-vindas. A todos os que tinham chegado, Alalu deu palavras de boas-vindas. A todos os que estavam reunidos, Ea deu palavras de comando. Aqui na Terra, eu sou o comandante! - disse-lhes. viemos em missão de vida ou morte! O destino de Nibiru está em nossas mãos! Olhou ao redor, procurando um lugar para acampar. Amontoem terra, façam montículos ali!, ordenou Ea para levantar um acampamento - apontando para um lugar não muito distante de onde Alalu havia construído uma cabana de junco. Então, dirigiu algumas  palavras a Anzu: Transmita palavras a Nibiru, ao rei, meu pai Anu, anunciando a chegada bem-sucedida! 

Logo a tonalidade dos céus foi mudando, tornando-se de brilhante em avermelhado. Algo nunca antes visto foi se revelando diante de seus olhos. O Sol, como uma esfera vermelha, no horizonte estava desaparecendo.O medo tomou conta dos heróis, temiam uma Grande Calamidade. 

O temor se apoderou dos heróis, temiam uma Grande Calamidade! Alalu, com sorridentes  palavras, confortou-os. É um pôr de Sol, marcando o fim de um dia na Terra. Aproveitem para um breve descanso; uma noite na Terra é mais curta do que possam imaginar. Antes do que possam esperar, o Sol fará sua aparição; será dia na Terra! Inesperadamente, chegou a escuridão, e separou os céus da Terra. Os relâmpagos rompiam a escuridão, e aos trovões seguiram-se as chuvas. Os ventos sopraram sobre as águas como tempestades de um deus alienígena. 

No carro, os heróis se agacharam, amontoando-se. Para eles, não chegou o descanso pois estavam muito agitados. Com os corações acelerados, esperavam a volta do Sol. Sorriram quando apareceram seus raios, contentes e dando palmadas nas costas uns dos outros. 

E anoiteceu e amanheceu, foi o primeiro dia na Terra. 

Ao romper o dia, Ea refletiu sobre a situação; devia pensar sobre como separar as águas das águas. Nomeou ao Engur senhor das águas doces, para prover água potável. Este foi até o lago da serpente com Alalu, para verificar a doçura de suas águas. O lago está abarrotado de serpentes malignas! - disse Engur a Ea. Então, Ea contemplou os pântanos, sopesando a abundância de águas da chuva. Encarregou Enbilulu dos pântanos, lhe indicou que assinalasse as moitas de junco. Enkimdu ficou encarregado dos fossos e  diques, para que elaborasse um limite para os pântanos, para que as águas da chuva fossem reunidas, separando as águas abaixo das águas acima, as águas dos pântanos das águas doces.

 E anoiteceu, e amanheceu. E foi o segundo dia na Terra

Quando o Sol anunciou a manhã, os heróis já estavam levando a cabo as tarefas atribuídas. Ea dirigiu seus passos, com Alalu, para o lugar de relva e árvores, para examinar tudo o que cresce no pomar, ervas e frutas segundo sua espécie. Ao Isimud, seu vizir, Ea fazia perguntas: Que planta é esta? Que planta é aquela?, perguntava-lhe. Isimud, muito instruído, podia distinguir os mantimentos que crescem bem; arrancou uma fruta para a Ea, é uma doçura de planta! - dizia a Ea. Ele mesmo comeu uma fruta, Ea estava comendo uma fruta! Do alimento que cresce, por sua boa qualidade, Ea encarregou o herói Guru. Assim foram fornecidas aos heróis  água e comida, mas não ficaram saciados. 

E anoiteceu e amanheceu, foi o terceiro dia na Terra. 

No quarto dia os ventos pararam de soprar, a nave já não foi perturbada pelas ondas. Que as ferramentas da nave sejam trazidas, que se construam moradas no acampamento! - ordenou. Ea nomeou Kulla encarregado desde os tijolos de barro até a modelagem. Mushdammu foi direcionado aos alicerces para levantar moradias. Todo o dia o Sol esteve brilhando,  durante todo o dia o  sol brilhou forte. Ao anoitecer, Kingu, a lua da Terra, em plenitude uma  pálida luz lançou sobre o planeta, uma luz menor para governar a noite, para ser contado entre os deuses celestiais.




Este blog é um estudo do livro de Zecharia Sitchin, O Livro Perdido de Enki - Memórias e Profecias de um Deus Extraterrestre, o qual recomendo para quem quiser se aprofundar em conhecimento. Tentei trazer o mais próximo possível de nosso tempo atual, procurando adaptar as palavras para nosso vocabulário o melhor que pude. 

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